Amor de banco de praça

            Ela havia acabado de ganhar uma rosa - apenas - de seu namorado, uma rosa simples, mas, tão bela, vermelha e viva, que não fazia diferença a quantidade.

             Sentou-se no banco da praça para admirar o belo presente. E, qual não foi sua surpresa quando um outro amor sentou-se ao seu lado. O que era uma rosa, diante de um verdadeiro roseiral? Começou a criar uma música naquele momento, para a trlha sonora de sua vida, uma música alegre e ao mesmo tempo, triste. Por que triste, se agora ela tinha dois carinhas apaixonados por ela? Bom, era justamete este o problema. Ela ficaria com quem?? Com o namorado lindo, atencioso e romântico, ou com o misteriso, excitate, e não menos lindo cara que havia acabado de roubar seu coração na praça?

             "Isso parece história vampiresca: dois caras megalindos me disputando, e eu amo os dois! Minha vida acabou de ficar difícil." Pensou ela.

               E agora, conta ou não conta para o namorado, que acabou entrando numa enrascada daquelas (o amor é a mais complicada enrascada que existe)? Ela resolveu contar, ele a ama, ora, vai entender.

                - Querido, tenho uma coisa para lhe contar...

                - Ora, conte

                - Então, depois que você me deu aquela rosa maravilhosa e...

                - Sentou no banco da praça, e encontrou um "cara misterioso, excitante e lindo".

                - Sim, como sabe??

                - Querida, era eu. Com um pouco de imaginação, acessórios e outras coisas, a gente consegue muita coisa. Faz um tempo que eu tava planejando isto.

                - Mas, por que? Por acaso não confia em mim??

                - Não é isso. Queria ver se você confiava em mim. Ora, se acontecesse qualquer outra coisa contigo, que outra alternativa teria, a não ser me contar? Eu jamais faria mal a você, sabe que te amo mais que tudo e, confio em você. O amor não sobrevive com desconfianças, não posso ser fiel e sincero sozinho, nem você pode. Isso que fiz não foi um teste, foi mais uma declaração de confiança e amor à pessoa que, sem a qual não há como eu sobreviver.

(Karen M. Baroni)