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Mostrando postagens de julho, 2011

O Bêbado, a Lua, o Amor

       Noite alta, um bêbado passa cantando, trajando luto (luto por quem?), me lembrou Carlitos. Cantando o que? Não vem ao caso, cantava uma canção que lhe vinha na cabeça, desconhecida, talvez no improviso, quem se importa? Suas roupas: sapatos engraxados no dia anterior, calças bem cortadas, mas não impecável como estava, camisas sujas e desarrumadas, por causa do infeliz tombo que levara na lama, pobre homem! E tudo por causa de uma dama de companhia daquele desastroso baile, em que, segundo ela, encontrou seu príncipe encantado, e não era ele. Por causa disso, ele quase acabou com o ponche! Mas nem todo o ponche de todos os bailes do mundo "acalmaria" sua dor: a dor de não ser correspondido. Resolveu, depois de observar sua ex-dama de companhia, deixar aquele lugar onde seus sonhos se despedaçaram de uma vez. Foi então, pela rua deserta na noite alta, olhando para a igualmente solitária lua, parecia até que seu rosto de prata se contraía, ao ver aquele cidadão sofrendo